quinta-feira, 15 de abril de 2010

matemática simbólica

pensar a vida
para mim
é uma conta simples

na ponta do lápis
o que me espera
nos meus rascunhos
o que aspiro

às vezes debito
outras (a)credito

no derradeiro suspiro
o saldo é igual a zero
(assim espero)

respiro profundo
ascendo a cabeça
miro desejos
considero percevejos
e a minha seta
projeta uma linha incerta
em diversos horizontes

são corações, mentes
lentes e oscilações
castelos, cometas
planetas e constelações

na órbita do meu astro
o tempo é a regra
a régua o espaço
o movimento, allegro

nos giros da lua
descubro reflexos
de um certo descompasso

acerto o passo
e vejo
que nessa conta
o mundo não cabe no pensamento

se o menos é mais
divido para multiplicar
subtraio-me para somar
sonhar
somar

mar

Um comentário:

Ivan Ribeiro disse...

Que poema legal! Belo raciocínio lógico!
papapapapapapapapapa (aplausos)
Abraço Brou!