quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ação de graças


escrito há cerca de cinco anos, o derradeiro poema aqui postado (Travessia) não perdeu o frescor, aliás nunca perde. o atravessar das nossas etapas (e tapas) no tempo é permanente. altos e baixos, idas e vindas e vidas. as conquistas, os des-regramentos, a angústia dos pensamentos, a travessia. as crises são momentos grávidos.

depois de treze anos em riste, o escuro, a solidão. de repente, uma cria que se espera desde então e, quando chega, o coração não comporta, não consegue desfrutar à altura das cultivadas espectativas. mesmo assim, esse vagamento foi invadido nos últimos meses por um ataque de encantamentos, coisa de tal porte rara para raros sonhadores aventureiros que se lançam nos des-caminhos da arte em caravana de brincantes e errantes pela geografia do seu lugar: 11 cidades, 04 estados, 17.000 pessoas.

depois do vendaval, a calmaria. religar é preciso, re-encantar a sagrada fome nossa de cada dia. aos poucos, os sinais vitais apontam nova alvorada. que a palavra brote e volte a vicejar poiésis pelos cantos daqui e daís.

amém.