peregrinação
caminho pegadas de adágio
pelos espaços vazios da casa
passo a passo incomodo a solidão
das paredes, dos armários e do chão
faço dançar o ar que descansa
no vão tedioso dos cômodos
passando pelos espelhos
pareço um cão agitado
correndo em volta do rabo
histórias me versam aos montes
jorram da memória à imaginação
prestigio o silêncio caro
se agarro-me a um instante raro
de pura trans-piração
(publicado na coluna VERSEJAR, do Jornal Diário de Araguari, em 12/09/10)
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