terça-feira, 24 de agosto de 2010

espinho de peixe

sem direito
à pele dela
tragava um ciúme seco

como mastigasse pedras

perseguia suas pegadas
como devorasse migalhas

com o coração aos pedaços
pediu-lhe o chinelo
onde pisava

levou chineladas

doeu nas costelas
e no cotovelo

(publicado na coluna VERSEJAR, do Jornal Diário de Araguari, em 22/08/10)

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